Toda boa organização, além de fazer constantes avaliações, elabora seus programas de ação. O profeta Isaías apresentou um programa de vida que Jesus assumiu para si. A Igreja, enquanto instituição, também tem sua programação. Quem não se programa dificilmente avança ou inova.
O programa de ação assumido por Jesus é este: anunciar a boa-nova aos pobres, proclamar a libertação dos cativos, recuperar a visão dos cegos e libertar os oprimidos. Jesus sabe que não há vida digna com a fome, a miséria, a doença, a prisão. Propôs-se, portanto, cumprir uma tarefa nada fácil, à qual se dedicou ao longo de sua vida missionária.
Demonstrou com sua prática que o evangelho é boa-nova de libertação para os pobres e injustiçados. Não é uma mensagem “cor-de-rosa” que serve para dar “conforto espiritual” aos que vivem na miséria ou para apaziguar a consciência dos que tiram proveito da miséria alheia. A proposta de Jesus é bem concreta.
Se quiser ser fiel ao Mestre, a Igreja terá de fazer sua essa tarefa. A sua missão preferencial aos pobres jamais pode ser esquecida, sob risco de perda de rumo. A Igreja é um corpo de muitos membros unidos; se algum membro sofre, deve receber cuidados preferenciais.
Como membros da Igreja, Corpo de Cristo, fomos, no dia do batismo, ungidos e chamados a assumir o projeto de continuar a missão libertadora iniciada por Jesus. Todos os membros da Igreja são importantes e têm uma missão, assim como os membros do corpo têm cada um sua função. Só assim o evangelho se mostra vivo, e não letra morta que ficou a dois mil anos de distância.
Em todos os tempos, a palavra que vem de Deus possui a força e a eficácia dele proveniente – interpela, provoca, consola, cria comunhão e salva das mais diversas maneiras. Ela continua se tornando o “hoje” da história. E cada um de nós – membro do povo de Deus – é chamado a dar atualidade ao texto antigo, isto é, torná-lo relevante para os nossos dias.
Fonte: O DOMINGO - PAULUS
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