É necessário tentar trazer o tema das eleições para a roda. Pois pouco adianta refletir sobre isso apenas dois minutos antes de digitar o confirma, na urna eletrônica. É preciso trazer a tona a política eleitoral com antecedência. Para atingir essa meta este texto pode ser útil. Ao menos para estimular uma conversa. De cara, os próximos meses não podem ficar resumidos a um jogo, de bater e apanhar, entre PT e PSDB. O processo eleitoral, assim realizado, fica simplificado demais. Melhor mesmo é tentar aproximar os dois maiores partidos brasileiros. É enxergar os últimos dezesseis anos, da política brasileira, como um período de continuidade entre dois projetos afins.
O cenário de oposição acirrada entre os dois partidos não pode interessar ao eleitor. Eleições não são como final de campeonato. Interessa mais aos petistas e social democratas paulistas essa radicalização. Não ao Brasil. Apesar de São Paulo ser o Estado mais rico, há também áreas carentes dos serviços do Governo, como o Nordeste do Brasil. O Estado de Minas Gerais precisa ser respeitado nas suas vontades. A Amazônia merece ser trazida, com mais profundidade, para o cotidiano do Sudeste. Nada contra os paulistas. O PT paulista quer dividir a Federação brasileira em dois partidos antagônicos e transformar as decisões soberanas, como é a Eleição, em simples plebiscitos. O PSDB paulista reforça, erroneamente, o desejo de “tirar sangue” do outro. São erros das duas partes, que fingem estar em conflito, quando, na verdade, tiveram uma origem comum. Basta lembrar que, na década de 70, Fernando Henrique (PSDB) participou das reuniões que levaram à fundação do PT.
A proximidade, entre petistas e social democratas, deve ser buscada. Mediar conflitos é melhor do que botar mais “lenha na fogueira”. Não se trata apenas de governar juntos, mas deixar claro a diferença entre as duas agremiações. Embora para o PSDB essa distinção partidária signifique pouco demais. E para o PT isso possa servir de credencial, com pouca validade, para proteger os amigos, de acusações graves, na política. Há, sem dúvida, algo importante para a economia e para a política, nos últimos vinte anos. O Plano Real. A estabilização dos preços. Apesar de implantado por FH, o fato é que o governo do PT também foi beneficiado por ele. Há, portanto, uma mesma orientação , nos dois governos dos dois partidos, na condução da economia. Isto é uma prova de que não há mudança radical de um governo para o outro, mesmo sabendo dos prejuízos de manter, de forma exagerada, os preços sob controle. É importante saber escolher aliados políticos. Almejar uma conciliação dos dois projetos para que as duas forças não fiquem, cada uma separadamente, lançando mão de alianças prioritárias com partidos como PMDB e DEM e nem agremiações ruins como PR, PTB e PP.
É delicado tratar de política dentro de um grupo de Igreja. As duas coisas não se misturam, embora não seja possível deixar o tema de lado. É preciso avançar nesta discussão até o limite de não tentar convencer um eleitor de partido A ou B. Sem o PT e o PSDB, sobram o PV e o PSOL. Optar pela causa do meio ambiente (PV) não é privilégio dos verdes. O socialismo (PSOL) é também um espaço de atuação política legitimado dentro da Igreja. O que não impede que PT e PSDB deixem as suas diferenças de lado.
O cenário de oposição acirrada entre os dois partidos não pode interessar ao eleitor. Eleições não são como final de campeonato. Interessa mais aos petistas e social democratas paulistas essa radicalização. Não ao Brasil. Apesar de São Paulo ser o Estado mais rico, há também áreas carentes dos serviços do Governo, como o Nordeste do Brasil. O Estado de Minas Gerais precisa ser respeitado nas suas vontades. A Amazônia merece ser trazida, com mais profundidade, para o cotidiano do Sudeste. Nada contra os paulistas. O PT paulista quer dividir a Federação brasileira em dois partidos antagônicos e transformar as decisões soberanas, como é a Eleição, em simples plebiscitos. O PSDB paulista reforça, erroneamente, o desejo de “tirar sangue” do outro. São erros das duas partes, que fingem estar em conflito, quando, na verdade, tiveram uma origem comum. Basta lembrar que, na década de 70, Fernando Henrique (PSDB) participou das reuniões que levaram à fundação do PT.
A proximidade, entre petistas e social democratas, deve ser buscada. Mediar conflitos é melhor do que botar mais “lenha na fogueira”. Não se trata apenas de governar juntos, mas deixar claro a diferença entre as duas agremiações. Embora para o PSDB essa distinção partidária signifique pouco demais. E para o PT isso possa servir de credencial, com pouca validade, para proteger os amigos, de acusações graves, na política. Há, sem dúvida, algo importante para a economia e para a política, nos últimos vinte anos. O Plano Real. A estabilização dos preços. Apesar de implantado por FH, o fato é que o governo do PT também foi beneficiado por ele. Há, portanto, uma mesma orientação , nos dois governos dos dois partidos, na condução da economia. Isto é uma prova de que não há mudança radical de um governo para o outro, mesmo sabendo dos prejuízos de manter, de forma exagerada, os preços sob controle. É importante saber escolher aliados políticos. Almejar uma conciliação dos dois projetos para que as duas forças não fiquem, cada uma separadamente, lançando mão de alianças prioritárias com partidos como PMDB e DEM e nem agremiações ruins como PR, PTB e PP.
É delicado tratar de política dentro de um grupo de Igreja. As duas coisas não se misturam, embora não seja possível deixar o tema de lado. É preciso avançar nesta discussão até o limite de não tentar convencer um eleitor de partido A ou B. Sem o PT e o PSDB, sobram o PV e o PSOL. Optar pela causa do meio ambiente (PV) não é privilégio dos verdes. O socialismo (PSOL) é também um espaço de atuação política legitimado dentro da Igreja. O que não impede que PT e PSDB deixem as suas diferenças de lado.
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Guilherme Valle, sociólogo
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