- Laurence Freeman, OSB
extraído do livro Jesus - O Mestre Interior (São Paulo: Martins Fontes, 2004)
Recitamos o mantra continuamente, qualquer que seja nosso estado de espírito: “em tempos de guerra e em tempos de paz”, como afirma A Nuvem do Não Saber; “em tempos de prosperidade e de adversidade”, como afirma João Cassiano; “do início ao fim de cada meditação”, como disse, por sua vez, John Main. Com a prática, o mantra lança suas raízes mais profundamente em nosso ser, estabelecendo a harmonia entre o inconsciente e o consciente. Imperceptível, e gradativamente, ele desce da cabeça para o coração. Com o tempo, repetimos o mantra, o emitimos e, então, o ouvimos, com cada vez menor esforço e maior atenção.
Com o passar do tempo ele nos traz a pobreza autêntica em que aprendemos simplesmente a ser. A experiência dessa realidade amorosa, de tempos em tempos, nos prepara para resistirmos aos muitos reveses e desapontamentos, que acontecem ao longo do caminho. Haverá tempos de derrota. Porém, mesmo quando nos parece que estejamos regredindo, haverá crescimento em andamento, desde que haja fé. Na noite mais escura, uma luz invisível ainda brilha.
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