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Assim, no espírito das Bem-aventuranças, se esforcem para purificar o coração de toda inclinação e avidez de posse e de dominação, como peregrinos e forasteiros a caminho da casa do Pai. - Regra OFS nº 11

sábado, 2 de maio de 2009

A Força do Acreditar em Si Mesmo


Fred Félix, ofs


Neste pequeno trabalho queremos tratar a questão do “acreditar em si mesmo”. Este traço da personalidade humana é um dos principais fatores que impulsionam o indivíduo à frente em todos os seus projetos. É a mola da força interior que movimenta o homem para conquistar todas as suas aspirações.




Quando o indivíduo acredita em si mesmo, ele aposta todas as suas fichas em seus projetos, luta com entusiasmo, se sacrifica tendo a certeza dos louros da glória, não sente medo e exalta-se com o suor do trabalho como quem está um passo mais perto da vitória da maratona. A falta de crédito pessoal conduz ao medo, ao não sentido do sacrifício realizado, à não perspectiva da vitória...



Longe de utilizarmos um misticismo esotérico para explicar as forças que regem o “acreditar em si mesmo”, preferimos trazer à tona um “misticismo cartesiano e lógico” para tentar explicar as ações e reações deste sentimento humano:



Ao não se dar créditos, o homem não utiliza cem por cento de seu potencial na busca de seus projetos. Desta forma, ele começa sentir-se fraco e incapaz de alcançar seu intento. Logo o medo se instala na alma e então vai a procurar de outros caminhos como fuga “caso não consiga chegar lá”. Após, a tristeza também se manifesta e o alcance da vitória cada vez parece estar mais longe. A descrença em si mesmo deixa de ser algo interior e começa a se mostrar exteriormente nas atitudes da pessoa. Assim, todos que convivem com a ela começam também acreditar na sua incapacidade – não que ela não consiga alcançar, mas porque ela não possui forças para isso.



Pensemos em um nadador que quer ganhar determinado campeonato. Se ele acredita em si mesmo, irá treinar quantas horas o treinador lhe instruir, fará a dieta prescrita pelo nutricionista e ainda irá, por conta própria, realizar outros exercícios, sejam físicos para aumentar seu potencial competitivo, sejam espirituais para lhe trazer a calma necessária na hora da competição ou a certeza da vitória que atrai o entusiasmo prévio. Porém, caso ele não dê créditos para si mesmo, os treinos sempre parecerão pesados, a dieta torturante e o entusiasmo tênue, senão nulo. Na hora da competição dificilmente galgará o êxito. Isso porque ele perdeu para seu principal concorrente: ele mesmo.



No franciscanismo temos o excelente ensinamento de Santa Clara que diz “Não perca de vista o seu ponto de partida...”. Aprendemos assim que se manter fiel ao foco leva ao êxito, ao sucesso, assim como ela mesma encerra em seu ensinamento: “(...) mas, em rápida corrida, com passo ligeiro e pé seguro, de modo que seus passos nem recolham a poeira, confiante e alegre, avance com cuidado pelo caminho da bem-aventurança”. Importante se faz observar como Santa Clara demonstra a importância da segurança, confiança e alegria como instrumentos necessários para o alcance da bem-aventurança, assim se entenda a alegria da vitória concretizada. Mas, ela ainda adverte: “Não confie em ninguém, não consinta com nada que queira afastá-la desse propósito, que seja tropeço no caminho (..)”. Sejam estas barreiras os outros, os acontecimentos da vida, ou pior, nós mesmos. É preciso não perder jamais o foco do intento e continuar “com passo ligeiro e pé seguro” na batalha da realização de todos os nossos sonhos.



Para encerrar, ficamos com o célebre pensamento de Mahatma Gandhi:


Eu creio em mim mesmo. Creio nos que trabalham comigo, creio nos meus amigos e creio na minha família. Creio que Deus me emprestará tudo que necessito para triunfar, contanto que eu me esforce para alcançar com meios lícitos e honestos. Creio nas orações e nunca fecharei meus olhos para dormir, sem pedir antes a devida orientação a fim de ser paciente com os outros e tolerante com os que não acreditam no que eu acredito. Creio que o triunfo é resultado de esforço inteligente, que não depende da sorte, da magia, de amigos, companheiros duvidosos ou de meu chefe. Creio que tirarei da vida exatamente o que nela colocar. Serei cauteloso quando tratar os outros, como quero que eles sejam comigo. Não caluniarei aqueles que não gosto. Não diminuirei meu trabalho por ver que os outros o fazem. Prestarei o melhor serviço de que sou capaz, porque jurei a mim mesmo triunfar na vida, e sei que o triunfo é sempre resultado do esforço consciente e eficaz. Finalmente, perdoarei os que me ofendem, porque compreendo que às vezes ofendo os outros e necessito de perdão”.


Que Deus nos ajude em todos os nossos projetos. Amém!

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